28/08/2010 sabado
Esta é a mais antiga canção conhecida no Brasil. Data de fins do século XVII (décadas de 1680, 1690) e é atribuída a membros do Quilombo dos Palmares. A letra foi extraída de um antigo disco 78 rpm da violeira nordestina Stefana de Macedo, gravado em Outubro de 1929.
Quilombos eram locais onde os escravos africanos refugiavam-se. Eram espécie de vilas formadas de escravos fugidos, aos quais mais tarde somaram-se vários tipos de personagens marginalizados pela sociedade da época. Várias cidades no Brasil são originárias de quilombos formados no período colonial e imperial.
Palmares é uma região localizada no interior do estado de Alagoas. O quilombo aqui mencionado foi arrasado pelo bandeirante Domingos Jorge Velho, em 1696. Mais tarde, surgiu a vila, depois atual cidade de Palmares no mesmo local.
Dança do Quilombo dos Palmares
Dança do Quilombo dos Palmares
Refrão
Folga nego, branco não vem cá
Se vié, pau há de levá
I
Sinhô já tá drumindo
Nego qué é batucá
Nego tá se divertindo
De minhã vai trabaiá (2x)
II
Nego geme todo dia,
Nego panha de sangrá
Dando quase seis da noite
Panha nego a batucá (2x)
III
As corrente tão batendo,
As brieta chocaiando
Sangue vivo tá corando,
E nego tá batucando (2x)
IV
Nego rachou o pé,
De tanto sapatiá
Tão cantando, tão gemendo,
Nego qué é batucá (2x)
V
Quando rompe a madrugada
Geme tudo nos açoite
Nego pega nas enxada
E o batuque é só de noite (2x)
Folga nego, branco não vem cá
Se vié, pau há de levá
I
Sinhô já tá drumindo
Nego qué é batucá
Nego tá se divertindo
De minhã vai trabaiá (2x)
II
Nego geme todo dia,
Nego panha de sangrá
Dando quase seis da noite
Panha nego a batucá (2x)
III
As corrente tão batendo,
As brieta chocaiando
Sangue vivo tá corando,
E nego tá batucando (2x)
IV
Nego rachou o pé,
De tanto sapatiá
Tão cantando, tão gemendo,
Nego qué é batucá (2x)
V
Quando rompe a madrugada
Geme tudo nos açoite
Nego pega nas enxada
E o batuque é só de noite (2x)
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