Apenas esta semana, Tiririca gravou cinco programas de TV em que diz apoiar candidatos do PR — partido do qual faz parte — da Bahia e do Ceará. Há pedidos de outros estados, segundo sua assessoria, que não divulgou quais seriam.
Dentro do Partido da República, o “candidato lindo” — outro adjetivo usado por Tiririca ao se apresentar ao eleitor — vem recebendo tratamento dispensado somente aos grandes caciques da política. Um micro-ônibus pega, todos os dias, logo de manhã cedo, o humorista na porta de casa. Nas ruas, 50 cabos eleitorais pedem diariamente voto para o comediante, que, segundo especulações no meio político, receberia 1 milhão de votos, se a eleição fosse hoje. Existem ainda seis assessores que o acompanham de cima para baixo, entre uma gravação de estúdio e um corpo a corpo.
De paletó, sem peruca
— Vou (trabalhar no Congresso) de paletó, é assim que tem que ser lá — diz Tiririca, por e-mail, tentando transparecer, em todas as respostas, um tom sério de última hora, bem diferente do que adota no programa gratuito de TV, onde rebola, canta e ainda faz piada.
— Vou (trabalhar no Congresso) de paletó, é assim que tem que ser lá — diz Tiririca, por e-mail, tentando transparecer, em todas as respostas, um tom sério de última hora, bem diferente do que adota no programa gratuito de TV, onde rebola, canta e ainda faz piada.
Uma prova de que o PR não está encarando o candidato como piada — pelo menos, não mais — são as cifras da campanha. No site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), consta que ele já obteve de receita R$ 594 mil, sendo que, deste total, R$ 516 mil são recursos do partido.
— Eu recebi o convite há um ano. Conversei com minha mãe, ela me aconselhou a entrar, porque daria pra ajudar as pessoas mais necessitadas — disse, recentemente, numa entrevista ao jornal “Folha de São Paulo”, quando estava mais bem-humorado.
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