quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Entre parentes: como lidar com o relacionamento em uma empresa familiar?

Como evitar que o ambiente de uma empresa familiar se misture com as preocupações de casa? Para o diretor da MQS Consultoria e Treinamento Empresarial, Paulo Queija, a ausência de regras e a falta de definição dos papéis são dois dos principais fatores que podem prejudicar os resultados e até mesmo comprometer o sucesso dos negócios entre parentes.

"Algumas famílias acabam estremecidas e relacionamentos são rompidos por esta mistura. Algumas vão à falência. Portanto, o que é da empresa deve-se discutir na empresa e o que é da família, só em casa", afirma o especialista em gestão empresarial, Paulo Queija.

Percalços 

O especialista sustenta que os problemas ocorridos no ambiente de trabalho não podem ser levados para uma pessoa de casa que não participe dos negócios da família. Esse membro pode se tornar uma espécie de confidente.

"Isso não pode acontecer. É preciso estabelecer regras, definindo quais os papéis que devem ser exercidos por cada familiar dentro de uma hierarquia pré-estabelecida", ressalta Queija. Outra situação corriqueira em pequenas empresas familiares diz respeito à atuação dos profissionais.

"Quando o desempenho de um familiar não é o esperado ou fica problemático, ele acaba sendo mantido na empresa, justamente por conta do grau de parentesco. Mas aqui vai uma dica: se o administrador não puder ter independência nas ações por ter familiares na empresa, deve pensar bem antes de contratá-los. Essa ajudinha pode custar muito caro", explica o especialista.

Processos

De acordo com Queija, a profissionalização tem por finalidade evitar ou acabar com qualquer tipo de problema que chegue a esse nível. Soma-se a esse item a disciplina, o que fará com que todos se tratem como colegas de trabalho.

Para atingir o objetivo da profissionalização, entretanto, são necessárias táticas como a inserção de práticas administrativas mais racionais e personificadas, a integração da equipe e, em especial, o formato de contratação, que deve deixar de privilegiar parentes.

"Procurar uma consultoria externa que auxilie neste processo de mudança de gestão pode facilitar e até mesmo encurtar o caminho para a profissionalização do negócio, é um caminho", conclui Queija.

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