Para a maioria das pessoas é cor demais, mistura demais. Mas é justamente essa mistura de tons e culturas que nós temos no Brasil que montam o visual dessa nova tribo. Para os adeptos, a mudança nas roupas representa a alegria da adolescência. Eles até inventaram um novo estilo musical para defini-los: o “Happy Rock”. Resta saber até quando esse novo estilo ficará em alta.
Com um visual totalmente flúor, composto por calças coloridas, óculos radicais e camisas pra lá de fashion, Pe Lanza e seus companheiros do Restart arrastam uma multidão de clones adolescentes por onde passam.
Quem também contribui para a chegada desse movimento foi Fiuk. Mas o rapaz já mudou seu estilo. As calças super coladas e de cores que iam desde o roxo até o verde limão não fazem mais parte do visual do cantor. E o próprio explicou o porquê ao Famosidades.
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Mas quando será que o “time” para essa mudança de fase – como citou Fiuk – acontece? Consultamos Juliana Ariza, estilista e colunista de moda do Famosidades, para saber a opinião de quem entende do assunto. Para ela, a mídia e a moda andam de mãos dadas, mas cada geração teve seu movimento, e os adeptos do “Happy Rock” são apenas mais uma geração que busca sua própria identidade.
“Com certeza a mídia tem um papel super importante, mas não acho que seja só isso. Todas as gerações têm seus movimentos, modas, ideias e ideais. Acho essa ‘moda colorida’ mais uma manifestação de uma geração que quer aparecer. Eles têm uma grande vontade de se expressar e desafiar, já que querem ser diferentes e fora dos padrões, típico de qualquer adolescente”, opinou Juliana.
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O cantor ainda falou sobre a moda da “geração colorida”. “Deixa a molecada se divertir. Quer se vestir de preto? Se veste. Quer se vestir colorido? Se veste. O negócio é ser feliz”, disse, referindo-se a liberdade de expressão. Mas concordou que não deve demorar muito para esse estilo ser substituído por outro. “Tudo passa. As bandas se renovam junto com o público. E tem uma hora que a gente muda mesmo. É natural.”
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Juliana Ariza engrossou o coro de Fiuk e apostou que o amadurecimento dos jovens é o que vai definir a renovação dos estilos. “Ninguém é rebelde ou vai manter o mesmo estilo por toda a vida. Como ele mesmo disse, são fases, já que os anos vão passando e a idade aumentando”, disse.
A estilista ainda falou sobre o exagero na hora de fazer esse mix de cores e fez um alerta para quem já passou da adolescência e gosta desse visual multicor.
“Eu, particularmente, não gosto muito. Até curto a tendência anos 80, onde tudo é um pouco exagerado, mas essa combinação mega colorida me lembra os ‘Teletubbies’. Combinar cores moderadamente é sempre uma boa aposta, ainda mais no verão, que aceita bem o colorido. Mas precisa ter cuidado, já que essa moda caracteriza o público adolescente, e atualmente remete muito ao Restart e acaba ficando fora de contexto e ridículo quando usado por pessoas fora dessa geração”, alertou.
Sem prazo de validade aparente, a "geração colorida" segue a todo vapor. Até quando? Não sabemos. Mas, quem gosta do visual, abuse das cores e aproveite que está tudo liberado – roxo com amarelo, verde com rosa, laranja com vermelho. Já quem não gosta, torça para o novo estilo fazer a sua cabeça. Enquanto isso, siga os conselhos do Supla e “seja feliz”.
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